A relativa proximidade geográfica do
Minho tem colocado a Festa do Alvarinho e do Fumeiro na lista de actividades
que o 4HM se propõe fazer, além dos jantares mensais. Em 28/04/2012 seguimos o
modelo tradicional e comprovadamente eficaz: aluguer de transporte com condutor
e excursão a Melgaço. Mais uma vez se demonstrou a bondade desta solução, face
à descontração com que nos permitiu abordar as provas e ao reforço do convívio
no próprio trajecto da viagem. O dia teve dois destinos: visita à Quinta de Soalheiro
como primeira paragem, Festa do Alvarinho e do Fumeiro para almoço e resto da
tarde.
Tudo começou ao ar livre, bem ao
lado de uma vinha de encosta, num local que o nosso anfitrião considera ideal
para falar sobre a especificidade do terroir de Monção e Melgaço (não se
pretende replicar a conversa, mas, por exemplo, as formações geológicas que
protegem a região do clima atlântico eram bem visíveis da elevação onde se
situa a quinta). Momento ideal para falar de vinhas, produção biológica,
estação meteorológica e outros aspectos ligados à componente uvas.
Seguindo a sequência da cadeia
produtiva, a fase seguinte foi a adega. Aqui, replicámos o percurso das uvas e
percebemos as especificidades dos métodos de produção dos principais néctares da
casa (Espumante Bruto, Clássico, Primeiras Vinhas e Reserva). O percurso
culminou nas cubas de inox, onde provámos o Soalheiro Clássico 2011 e amostra
de cuba do Soalheiro Primeiras Vinhas 2011. Naturalmente, a componente mais
técnica viu aqui o seu importante capítulo encerrado e deu lugar à apreciação
dos vinhos e a temas mais ligados a
mercado, marca, práticas e posicionamento comerciais.
O fecho foi com chave de ouro.
Apareceram em cima da mesa algumas colheitas mais e menos recentes dos
Soalheiro Clássico, Primeiras Vinhas e Reserva, que demonstraram a qualidade
notável da casta, a sua capacidade de resistir à passagem do tempo e a mão
competente que a trabalha.
No final, ficou a confirmação de
termos visitado um produtor de referência, profissional, com um projecto muito
claro e caminhos a seguir bem definidos, que serão percorridos com
determinação. A tudo isto se juntaram simpatia e um saber receber que tornaram
esta visita excepcional. Os nossos agradecimentos e votos de felicidades para a
Quinta de Soalheiro.
Ainda só estava cumprida a primeira
etapa do dia. O almoço estava marcado na Festa do Alvarinho e do Fumeiro e
havia que chegar a tempo de comprar os vinhos que iriam acompanhar a refeição.
O painel esteve muito bem, com os convivas a destacarem os Muros (Antigos e
Melgaço) e o Dona Paterna. Ainda tivemos um momento de animação com o mediático
Tino de Rans, no papel de estudante de cominucação, a vender alguns dos seus
livros e irradiar energia e boa disposição por onde passava.
Com forças renovadas, restavam 3
horas para visitar os espaços dos diversos produtores, num zigue-zague
constante entre os muitos visitantes. Entre mais tradicionais, mediáticos ou de
menor dimensão, muitas provas se seguiram. As opiniões foram globalmente
positivas, com uma boa meia-dúzia, ou mais, de vinhos que se destacaram. O
balanço foi muito positivo, com a colheita de 2011 a prometer dar mais um
contributo para a reputação da fantástica casta Alvarinho.
A hora do regresso chegava e o
autocarro aguardava-nos. Entre as pingas de um chuveiro fraco em Melgaço
chegámos ao nosso meio de transporte, onde a animação iria ser regra durante o
regresso a casa.
Os jantares no modelo habitual
regressam em Maio, mas Julho promete nova aventura no exterior...