segunda-feira, 21 de maio de 2012

Festa do Alvarinho e do Fumeiro 2012




A relativa proximidade geográfica do Minho tem colocado a Festa do Alvarinho e do Fumeiro na lista de actividades que o 4HM se propõe fazer, além dos jantares mensais. Em 28/04/2012 seguimos o modelo tradicional e comprovadamente eficaz: aluguer de transporte com condutor e excursão a Melgaço. Mais uma vez se demonstrou a bondade desta solução, face à descontração com que nos permitiu abordar as provas e ao reforço do convívio no próprio trajecto da viagem. O dia teve dois destinos: visita à Quinta de Soalheiro como primeira paragem, Festa do Alvarinho e do Fumeiro para almoço e resto da tarde.
Após quase 2 horas de viagem chegámos à Quinta de Soalheiro. Tivemos o prazer de contar com a presença do Eng. Luís Cerdeira, que nos acompanhou nas quase duas horas que durou a visita (e teve que ser interrompida de forma extemporânea face aos compromissos seguintes).

Tudo começou ao ar livre, bem ao lado de uma vinha de encosta, num local que o nosso anfitrião considera ideal para falar sobre a especificidade do terroir de Monção e Melgaço (não se pretende replicar a conversa, mas, por exemplo, as formações geológicas que protegem a região do clima atlântico eram bem visíveis da elevação onde se situa a quinta). Momento ideal para falar de vinhas, produção biológica, estação meteorológica e outros aspectos ligados à componente uvas.
Seguindo a sequência da cadeia produtiva, a fase seguinte foi a adega. Aqui, replicámos o percurso das uvas e percebemos as especificidades dos métodos de produção dos principais néctares da casa (Espumante Bruto, Clássico, Primeiras Vinhas e Reserva). O percurso culminou nas cubas de inox, onde provámos o Soalheiro Clássico 2011 e amostra de cuba do Soalheiro Primeiras Vinhas 2011. Naturalmente, a componente mais técnica viu aqui o seu importante capítulo encerrado e deu lugar à apreciação dos vinhos  e a temas mais ligados a mercado, marca, práticas e posicionamento comerciais.
O fecho foi com chave de ouro. Apareceram em cima da mesa algumas colheitas mais e menos recentes dos Soalheiro Clássico, Primeiras Vinhas e Reserva, que demonstraram a qualidade notável da casta, a sua capacidade de resistir à passagem do tempo e a mão competente que a trabalha.

No final, ficou a confirmação de termos visitado um produtor de referência, profissional, com um projecto muito claro e caminhos a seguir bem definidos, que serão percorridos com determinação. A tudo isto se juntaram simpatia e um saber receber que tornaram esta visita excepcional. Os nossos agradecimentos e votos de felicidades para a Quinta de Soalheiro.
Ainda só estava cumprida a primeira etapa do dia. O almoço estava marcado na Festa do Alvarinho e do Fumeiro e havia que chegar a tempo de comprar os vinhos que iriam acompanhar a refeição. O painel esteve muito bem, com os convivas a destacarem os Muros (Antigos e Melgaço) e o Dona Paterna. Ainda tivemos um momento de animação com o mediático Tino de Rans, no papel de estudante de cominucação, a vender alguns dos seus livros e irradiar energia e boa disposição por onde passava.

Com forças renovadas, restavam 3 horas para visitar os espaços dos diversos produtores, num zigue-zague constante entre os muitos visitantes. Entre mais tradicionais, mediáticos ou de menor dimensão, muitas provas se seguiram. As opiniões foram globalmente positivas, com uma boa meia-dúzia, ou mais, de vinhos que se destacaram. O balanço foi muito positivo, com a colheita de 2011 a prometer dar mais um contributo para a reputação da fantástica casta Alvarinho.
A hora do regresso chegava e o autocarro aguardava-nos. Entre as pingas de um chuveiro fraco em Melgaço chegámos ao nosso meio de transporte, onde a animação iria ser regra durante o regresso a casa.

Os jantares no modelo habitual regressam em Maio, mas Julho promete nova aventura no exterior...

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