segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Jantar maio 2013



Em maio tivemos mais um jantar diferente, desta vez devido à companhia do grupo de produtores Three Estates. É uma associação de 3 produtores, localizados em 3 regiões diferentes, em Portugal, que acreditam que a união faz a força.
Estamos a falar da Quinta da Carolina, que fica no Douro, da Quinta da Falorca, no Dão, e Herdade Portocarro, na Península de Setúbal. O projeto procura potenciar o negócio, incluindo a exportação, pelas sinergias do trabalho conjunto por um objetivo comum. No nosso tempo de convívio, sentiu-se umas empatia e energia neste grupo que nos faz acreditar na solidez e no sucesso.
No que diz respeito aos vinhos, um aspeto tranversal ficou claramente demonstrado: qualidade. Os convivas gostaram de todos os vinhos provados no jantar. Mas não fica por aí, porque também temos caráter, originalidade e distinção.
Antes de deixarmos algumas impressões sobre os vinhos, uma palavra de agradecimento pela presença dos produtores no nosso jantar, cujas explicações e enquadramento dos vinhos enriqueceram as provas de uma forma única. Para a parceira, votos de muito sucesso, que se depender da qualidade dos vinhos está garantido.


Entrada

Quinta da Falorca Rosé 2011 (TN): Um rosé seco e gastronómico, que não apresenta o perfil adocidado mais comum e alia os frutos vermelhos a nuances florais. Bom volume de boca, frescura impecável, afirma-se pelas qualidade e diferença face à maioria dos vinhos rosados. Marcante, dentro do género.


Brancos

Carolina 2011: Um vinho que procura o caráter mineral do Douro e consegue. O trabalho na adega inclui battonage e outros mimos, o que confere estrutura e volume de boca ao vinho, equilibrado pela frescura da região. Torna-se apelativo e muito versátil, apto para os tradicionais pratos de peixe ou carnes brancas. Termina muito bem. Aprovado e apreciado por unanimidade.



Tintos

Anima L08: algures na fronteira entre a Península de Setúbal e o Alentejo, é elaborado um varietal da casta Italiana Sangiovese. Primeiro impacto num tom rubi mais claro que o habitual, seguido do caráter bem especiado dos aromas. Mas foi na boca que conquistou a plateia. A combinação de frescura e elegância fazem deste Anima um vinho sedutor, quase irresistível. Embora com um perfil diferente dos vinhos tradicionais Portugueses, teve a capacidade de captar e encantar os presentes. Muito bom.



Quinta da Carolina Reserva 09: Vinho feito com uvas criteriosamente escolhidas da própria quinta e elaborado com todo os cuidados para se apresentar como cartão de visita do produtor. O resultado é um reserva do Douro cheio de caráter, mas também com todas a características representativas da região. Com cor rubi, aromas de fruta muito limpos e floral. Com corpo, estrutura e a acidez equilibrada típica do Douro, temos um vinho elegante e também com potencial de guarda. Muito bom



Quinta da Falorca Garrafeira 07: Vinho elaborado em anos de qualidade superior, apresenta-se com todas as características de um néctar de excelência. Cor rubi concentrada, aroma profundo e complexo, que alia o lado frutado às nuances do estágio em madeira. Na boca é encorpado, fresco, muito estruturado e termina longo. Um exemplo dos grandes vinhos do Dão, frescos, elegantes e longevos. Excelente.

Cavalo Maluco 2009: O fecho da noite foi com um vinho único. Um tinto muito complexo, estruturado e com uma acidez perfeita. Conquistou pela sua enorme personalidade e deixou uma clara sensação que daqui a 20 ou 30 anos ainda podemos saborear um Cavalo Maluco 2009 em grande forma. Não é vinho para descrições organoléticas, mas para reconhecer as originalidade e longevidade pontencial do néctar. Excelente.