quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Jantar abril 2014

Novo mês, novo jantar. Em abril 2014, estivemos no Restaurante Industrial, na Maia, um espaço amplo, de um só piso, confortável, com tudo para se usufruir de uma boa refeição. Foi mais um jantar marcante. O restaurante é dos mais reconhecidos na Maia e fez justiça a essa notoriedade com um menu de alta qualidade, apreciado de forma unânime pelos presentes. A acompanhar, o painel de vinhos apresentou-se num nível de qualidade e coesão pouco frequente. Basta verificar que nenhum vinho teve classificação média inferior a 16.
O início foi com um champanhe, Nicolas Feuillat Brut, que mostrou o perfil com ligeira tosta no nariz, a bolha fina, mas com algum volume de boca, boa frescura e final médio. Muito bom, posicionado nos patarmares de preço mais baixos que se encontram em Portugal.
Seguiu-se o arranque dos brancos, com um chardonnay muito agradável vindo de Espanha: Raimat Chardonnay 2012. Tem cor citrina, aroma algo perfumado, com notas florais e vegetais, fresco, suave e equilibrado na boca, termina médio. Voltámos ao nosso país com o Soalheiro Reserva 2010 e foi impressionante. Cor amarelo palha, nariz complexo e hipnótico, em que fruta e madeira já se fundiram e o bouquet começa a mostrar-se. Na boca surge encorpado, ótima frescura, equilíbrio perfeito. Final longo, um vinho excelente, que dá imenso prazer beber.
Passagem para os tintos, que começaram por França e o Chateau Massamier La Mignarde 2009. Mostrou-se agradável, com a sua cor rubi, aroma frutado e nuances vegetais, suave na boca, taninos polidos e frescura mediana, final médio. Elegante, suave, agradável, falta-lhe apenas um pouco de frescura. Curiosamente, fez lembrar algo de Douro. Seguiu-se o Brites & Aguiar 2011, topo de gama da casa. Cor rubi, aroma frutado, especiado e notas de madeira, na boca bem fresco e estruturado, com taninos bem presentes, embora não particularmente encorpado. Final longo, muito bom. Um vinho cheio de potência e juventude, que parece apostar na longevidade e elegância. Uma viagem até Itália trouxe-nos um vinho da casta Barbera d'Asti: Solus Ad Superiore 2007. Mesmo com um perfil muito próprio, conveceu os presentes, que apreciaram a elegância e a complexidade especiada do vinho. Cor rubi, aromas com fruta, especiarias e notas de madeira, encorpado, taninos polidos, frescura média, final médio. Um vinho muito bom, que mostra um preço não muito alto (considerando que é importado).
Para acompanhar a sobremesa veio um Sauternes, Thomas Barton Reserve 2005. À obrigatória Sémillon juntou-se a não menos famosa Sauvignon Blanc e deu um belo resultado. O vinho apresenta cor dourada, aroma complexo, com o lado frutado acompanhado de balsâmicos; na boca encorpado, fresco e bem equilibrado, até ao final longo. Um vinho muito bom, com uma bela frescura e bem agradável na prova. Em termos de pontuação apenas foi ultrapassado pelo Soalheiro Reserva.
Ficam renovados parabéns pela casa e agradecimentos pela receção ao restaurante Industrial, bem como o resumo quantificado da prova cega por 7 felizardos convivas.

Nome Vinho Ano Tipo Castas Região Produtor Preço Prateleira Nota
Nicolas Feuillat Brut
Champanhe Chardonnay, Pinot Noir, Pinot Meunier Champagne Nicolas Feuillat 30,00 € 16,5
Raimat Chardonnay 2012 Branco Chardonnay Costers del Segre Castell de Raimat 12,00 € 16
Soalheiro Reserva 2010 Branco Alvarinho Vinhos Verdes VinuSoaleirus 25,00 € 18,5
Chateau Massamier La Mignarde 2009 Tinto
Ap. Minervois Controlée Chateau Massamier La Mignarde 12,00 € 16
Brites & Aguiar 2011 Tinto
Douro Brites e Aguiar 30,00 € 16,5
Solus Ad Superiore 2007 Tinto Barbera d'Asti Canglui, Itália Contratto 13,00 € 16,5
Thomas Barton Reserve 2005 Colheita Tardia Semillon, Sauvignon Blanc Ap. Sauternes Controlée Thomas Barton 25,00 € 17

Sem comentários:

Enviar um comentário