Em novembro de 2013
iniciámos uma fase diferente no que diz respeito a restaurantes. Se
até esta data os jantares decorriam no mesmo local, nos próximos
eventos teremos maior diversificação. Será uma experiência gira,
logo se verá se para durar ou voltar ao conforto da
estabilidade. Nesta primeira etapa, estivemos no restaurante O Cangalho, em Vila do Conde, um local pequeno e muito acolhedor, com
cozinha tipo tradicional muito bem confecionada, que recolheu uma
aprovação entusiástica dos participantes. Parabéns à casa e
obrigado por nos ter recebido.
Como habitualmente, o
arranque foi com espumantes. Desta vez, foi dose dupla da Quinta da
Mata Fidalga, produtor Bairradino.
Quinta da Mata
Fidalga: o entrada de gama, homónimo do produtor, mostrou-se
fresco e muito agradável, bem adequado a acompanhar entradas. Notas
de prova: cor citrina, aroma
delicado, essencialmente frutado, fresco, suave e equilibrado, junta
algum vegetal na boca, até ao final curto.
QMF Reserva Pessoal:
um pouco acima, tivemos este Reserva Pessoal, ano 2006, cuja
complexidade demonstrou a sua gama, embora os primeiros sinais do
tempo já se comecem a notar. Mais versátil, mostra características
para acompanhar pratos principais. Notas de prova: cor citrina, aroma
complexo, com balsâmicos e notas amadeiradas. Na boca já não
mostrava a frescura dos tempos iniciais, termina médio.
O capítulo brancos brancos teve dimensão reduzida, apenas 3.
Começámos com o
Pequenos Rebentos Alvarinho,
versão 2012, que teve mais uma presença aprovada por unanimidade e
aclamação. Aos aromas da casta junta-se um corpo acima da média e
uma acidez bem equilibrada, portanto, condições reunidas para
agradar e muito. Como complemento, temos um preço competitivo para a
qualidade. Notas de prova: cor amarelo palha, nariz frutado e
vegetal. Suave, fresco e equilibrado, mostra alguma cremosidade na
boca, até ao bom final. Muito bom.
Seguiu-se um vinho das
Bodegas Santiago Ruiz, com o mesmo nome, das Rias Baixas,
Espanha, que revelou um estilo fácil, agradável, adequado para um
consumo descontraído, não propriamente o estilo apreciado pelo
painel. Notas de prova: cor amarelo citrino, aromas frutados e
vegetais. Fresco, suave e equilibrado na boca, termina médio.
O fecho dos brancos foi entusiasmante, com o Quinta da Rede Grande Reserva. Este duriense, lote de arinto e rabigato, mostrou um equilíbrio superior entre uma boa frescura e os corpo e complexidade com que a passagem por madeira contribuiu. Assim, teve a capacidade de agradar a quem prefere vinhos mais frescos e a quem prefere mais trabalhados. A média coloca-o no patamar da excelência, muito bom para o custo. Notas de prova: cor citrina, aromas balsâmicos e notas do estágio em madeira. Bem fresco, suave e equilibrado, mostra madeira muito bem trabalhada. Termina longo, muito bom.
Se a presença de brancos foi abaixo do habitual, os 5 tintos compensaram, curiosamente 4 deles varietais.
Iniciámos com o Proibido, nome sugestivo para um vinho do Douro elaborado a partir de vinhas velhas, que mostrou o caráter dos grandes reserva do Douro e um potencial de longevidade assinalável; mereceu aprovação geral. Notas de prova: cor rubi, nariz frutado, floral, balsâmico e nuances amadeiradas. Fresco, encorpado, equilibrado e com taninos redondos, termina longo. Excelente.
Seguiu-se o Gestos, um Malbec da Argentina, que teve uma presença agradável, suave, fácil de gostar, mas não entusiasmou. O preço ao nível dos €10,00 não é nada convidativo, mas tratando-se de um vinho estrangeiro, já sabemos que a lógica deverá ser ajustada. Notas de prova: cor rubi, nariz frutado e vegetal. Na boca, é suave, fresco, equilibrado, tem taninos redondos e termina médio.
Desde 2007, pelo menos, que o Quinta do Vallado Touriga Nacional é associado pelos enófilos a um vinho de grande qualidade. Por cá passou o 2011, ano marcante no Douro, e mais uma vez a qualidade revelou-se, num perfil concentrado, estruturado, mas fresco e elegante: um vinho muito bom. Notas de prova: cor rubi, nariz frutado e com nunces do estágio em madeira. Encorpado, fresco, equilibrado, com taninos redondos, termina longo. Muito bom.
O fecho dos brancos foi entusiasmante, com o Quinta da Rede Grande Reserva. Este duriense, lote de arinto e rabigato, mostrou um equilíbrio superior entre uma boa frescura e os corpo e complexidade com que a passagem por madeira contribuiu. Assim, teve a capacidade de agradar a quem prefere vinhos mais frescos e a quem prefere mais trabalhados. A média coloca-o no patamar da excelência, muito bom para o custo. Notas de prova: cor citrina, aromas balsâmicos e notas do estágio em madeira. Bem fresco, suave e equilibrado, mostra madeira muito bem trabalhada. Termina longo, muito bom.
Se a presença de brancos foi abaixo do habitual, os 5 tintos compensaram, curiosamente 4 deles varietais.
Iniciámos com o Proibido, nome sugestivo para um vinho do Douro elaborado a partir de vinhas velhas, que mostrou o caráter dos grandes reserva do Douro e um potencial de longevidade assinalável; mereceu aprovação geral. Notas de prova: cor rubi, nariz frutado, floral, balsâmico e nuances amadeiradas. Fresco, encorpado, equilibrado e com taninos redondos, termina longo. Excelente.
Seguiu-se o Gestos, um Malbec da Argentina, que teve uma presença agradável, suave, fácil de gostar, mas não entusiasmou. O preço ao nível dos €10,00 não é nada convidativo, mas tratando-se de um vinho estrangeiro, já sabemos que a lógica deverá ser ajustada. Notas de prova: cor rubi, nariz frutado e vegetal. Na boca, é suave, fresco, equilibrado, tem taninos redondos e termina médio.
Desde 2007, pelo menos, que o Quinta do Vallado Touriga Nacional é associado pelos enófilos a um vinho de grande qualidade. Por cá passou o 2011, ano marcante no Douro, e mais uma vez a qualidade revelou-se, num perfil concentrado, estruturado, mas fresco e elegante: um vinho muito bom. Notas de prova: cor rubi, nariz frutado e com nunces do estágio em madeira. Encorpado, fresco, equilibrado, com taninos redondos, termina longo. Muito bom.
Depois do intervalo em
Portugal, nova viagem, desta vez até aos EUA, de onde veio um
Cabernet Sauvignon de Napa Valley. Phillipe Lorraine Reserve,
de 2005, chegou já polido, apelativo e até sedutor, conquistou-nos
com o seu perfil de puro prazer na prova. Notas de prova: cor rubi,
aromas especiados, balsâmicos e notas de madeira. Fresco, suave e
equilibrado, mostrou taninos evoluídos. Termina longo. Excelente.
De novo do lado de cá do Atlântico, desta vez em Itália, onde na região do Piemonte é produzido o Langhe Nebbiolo, varietal dessa famosa casta local. Lançou-nos numa conversa sobre hábitos e perfis de consumo, já que o vinho fresco e estruturado de 2009 está muito bom, mas no seu país de origem ainda teria uns anos valentes de espera até ser considerado no ponto para beber. Mostrou o caráter especiado da casta, num perfil diferente do Português, mas quase todos reconheceram qualidade e apreciaram este néctar transalpino. Notas de prova: Cor rubi, nariz especiado e com notas de madeira, na boca é suave, equilibrado, com taninos adstringentes. Termina longo, tal como o tempo de vida que tem pela frente. Muito bom.
Nas sobremesas, o Vinho do Porto reinou.
Iniciámos com o Taylor's LBV 1996 que não deixou uma impressão muito positiva. Tudo aponta para ter sido desenhado para consumo rápido, pelo que já mostrava sinais de cansaço e marcas do tempo. Ainda estava agradável, mas no percurso descendente. Notas de prova: cor rubi acastanhado, nariz com notas de geleias. Suave, fresco e equilibrado, termina médio. Agradável.
De uma pequena produção particular, provámos um Vinho do Porto Velho, lote de 2 colheitas 1931/1983. A história é muito diferente, porque esteve à altura da excelência que este tipo de vinhos nos proporciona, num misto de complexidade, corpo e doçura. Notas de prova: cor caramelo, complexo no nariz, com nuances de café e iodo, entre outros. Encorpado, fresco, textura untuosa, termina longo. Um vinho magnético, sedutor, excelente.
De novo do lado de cá do Atlântico, desta vez em Itália, onde na região do Piemonte é produzido o Langhe Nebbiolo, varietal dessa famosa casta local. Lançou-nos numa conversa sobre hábitos e perfis de consumo, já que o vinho fresco e estruturado de 2009 está muito bom, mas no seu país de origem ainda teria uns anos valentes de espera até ser considerado no ponto para beber. Mostrou o caráter especiado da casta, num perfil diferente do Português, mas quase todos reconheceram qualidade e apreciaram este néctar transalpino. Notas de prova: Cor rubi, nariz especiado e com notas de madeira, na boca é suave, equilibrado, com taninos adstringentes. Termina longo, tal como o tempo de vida que tem pela frente. Muito bom.
Nas sobremesas, o Vinho do Porto reinou.
Iniciámos com o Taylor's LBV 1996 que não deixou uma impressão muito positiva. Tudo aponta para ter sido desenhado para consumo rápido, pelo que já mostrava sinais de cansaço e marcas do tempo. Ainda estava agradável, mas no percurso descendente. Notas de prova: cor rubi acastanhado, nariz com notas de geleias. Suave, fresco e equilibrado, termina médio. Agradável.
De uma pequena produção particular, provámos um Vinho do Porto Velho, lote de 2 colheitas 1931/1983. A história é muito diferente, porque esteve à altura da excelência que este tipo de vinhos nos proporciona, num misto de complexidade, corpo e doçura. Notas de prova: cor caramelo, complexo no nariz, com nuances de café e iodo, entre outros. Encorpado, fresco, textura untuosa, termina longo. Um vinho magnético, sedutor, excelente.
Nome Vinho | Ano | Tipo | Castas | Região | Produtor | Preço Prateleira | Nota |
Quinta da Mata Fidalga | 2010 | Espumante | Chardonnay, Baga, Arinto, Maria Gomes | Bairrada | Quinta da Mata Fidalga | 6,50 € | 15,5 |
Quinta da Mata Fidalga Reserva Pessoal | 2006 | Espumante | Bairrada | Quinta da Mata Fidalga | 12,50 € | 16 | |
Pequenos Rebentos | 2012 | Branco | Alvarinho | Vinhos Verdes | Márcio Lopes | 8,00 € | 17 |
Santiago Ruiz | 2012 | Branco | Rias Baixas | Bodegas Santiago Ruiz | 10,50 € | 14,5 | |
Quinta Rede Grande Reserva | 2010 | Branco | Arinto, Rabigato | Douro | Quinta da Rede | 13,00 € | 17,5 |
Proibido | 2010 | Tinto | Vinhas velhas | Douro | Márcio Lopes | 25,00 € | 17 |
Gestos | 2011 | Tinto | Malbec | Argentina | Finca Flichman | 10,00 € | 15 |
Quinta do Valado TN | 2011 | Tinto | Touriga Nacional | Douro | Quinta do Valado | 18,00 € | 16,5 |
Phillipe Lorraine Reserve | 2005 | Tinto | Cabernet Sauvignon | Napa Valley | Phillipe Lorraine | 25,00 € | 17,5 |
Langhe Nebbiolo | 2009 | Tinto | Nebbiolo | Piemonte Itália | La Spinetta | 21,00 € | 16,5 |
Taylor's LBV | 1996 | Vinho do Porto | Vinho do Porto | Flagdate Partnership | 13,00 € | 15 | |
Vinho Porto Velho | 1931/ 1983 | Fortificado | Particular | 18 |